Almanaqueiras: ou não queiras.

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sexta-feira, 1 de setembro de 2017

olha o nível

Ministros do TST atacam duramente presidente do tribunal

Um deles entrou com pedido de aposentadoria logo após o embate

O presidente do TST, Ives Gandra Filho, anda completamente isolado dentro do tribunal. O clima é o pior possível entre ele e boa parte dos colegas.
Numa reunião, há cerca de 10 dias, a temperatura subiu de forma que raramente se vê em espaços onde a liturgia é sacralizada, como nas cortes superiores.
Ministros acusam Gandra de fazer uma campanha permanente para chegar ao Supremo. Ele esteve entre os favoritos para assumir a vaga de Teori Zavascki, mas acabou preterido por Alexandre de Morais na reta final,.
Os magistrados o taxam de militante das causas patronais e apaixonado pela reforma trabalhista.
Nos bastidores, ele não esconde sua convicção de que a Justiça do Trabalho se transformou numa arena de defesa dos interesses do proletariado, sejam eles quais forem.
Gandra considera que vem sendo massacrado e que seus companheiros de plenário estão completamente. Alega que, da forma como tem batido seus martelos, caminha para a extinção.
O caldo entronou de vez durante o processo de escolha do representante da Justiça do Trabalho no CNJ, ao longo do mês passado.
Com apoio da maioria dos integrantes do TST, foi indicado para a cadeira o juiz Luciano Frota, dono de críticas públicas a Gandra e às alterações da legislação trabalhista.
O presidente do tribunal trabalhou contra o candidato preferido dos colegas. Foi o suficiente para a coisa descambar.
Durante a tal reunião, os ataques mais incisivos partiram do ministro João Oreste Dalazen.
O presidente do TST ouviu que sua ambição havia extrapolado todos os limites. Outros o acusaram de manter seus interesses pessoais acima dos institucionais e que ele não tinha espírito republicano.
Gandra tentava contra-argumentar, defendendo-se dos bombardeios. Em alguns momentos, ele lembrou passagens inglórias dos seus algozes e, prontamente, foi acusado de adotar uma postura “rancorosa”.
Logo após o embate, Dalazen comunicou ao presidente que vai se aposentar. Aos mais próximos, ele diz que não aguenta mais atuar num tribunal presidido por um “louco”.

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