Almanaqueiras: ou não queiras.

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quarta-feira, 12 de julho de 2017

são coisinhas que se agigantam por força das armas.

Exposto, Maia decide recolher armas no momento em que Temer age para mostrar força política

POR PAINEL


Hora de calar 

Exposto, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), decidiu recolher as armas. O democrata avisou a aliados que falará menos. Quer evitar “interpretações equivocadas”. Tomou a decisão depois que relatos de suas previsões sobre o fim do governo foram noticiados. Faz o gesto no mesmo momento em que Michel Temer age para dar mostras de força política. A aprovação da reforma trabalhista será apresentada como prova de que ele tem condições de tocar uma agenda para o país.

Petit comité 

Temer estava com um grupo de deputados governistas em seu gabinete quando foi avisado de que o Senado finalmente havia votado a reforma. Demonstrou surpresa ao saber do placar (50 votos a 26). “Foi um número maior do que o esperado”, disse.

Fôlego 

Da tropa de choque do presidente na Câmara, Carlos Marun (PMDB-MS) resumiu o espírito: “A aprovação da reforma mostra que nasceu uma nova onda. É nela que vamos surfar até 2018”. Na mesma linha, o líder do governo, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), disse que o grupo “cresceu com a adversidade”.

Estamos juntos 

Cerca de 50 deputados do PMDB foram a almoço promovido pelo vice-presidente da Câmara, Fábio Ramalho (PMDB-MG). “Vamos enfrentar a denúncia não só pelo Michel, mas pela política”, disse. Ele estima que o presidente tenha mais de 250 votos hoje.

Nem tanto ao mar 

Apesar dos gestos a Temer, Rodrigo Maia deixou claro que não há possibilidade de abrir a sessão de votação da denúncia contra o presidente com menos de 342 deputados na Casa. A aliados, afirmou que “é melhor o governo saber que precisa mobilizar”.

Ou morte! 

Para fugir do turbilhão, Maia decidiu dedicar tempo a temas amenos. Obteve sinal verde dos Correios para a elaboração de selos em homenagem aos 200 anos da chegada da imperatriz Leopoldina ao Brasil. A Câmara vai fazer uma exposição sobre ela, peça-chave para a declaração de independência.

Entendido 

Presidente da Comissão do Código de Processo Penal da Câmara, o deputado Danilo Forte (PSB-CE) pediu a Antônio Claudio Mariz de Oliveira, advogado de Michel Temer, que elabore proposta de regulamentação das delações premiadas e das conduções coercitivas.

Timing Forte 

quer incorporar a tese de Mariz ao relatório final sobre o novo código. O deputado falou com o criminalista na segunda (10), quando ele foi à CCJ apresentar a defesa de Temer na denúncia que nasceu da delação de Joesley Batista.

Cala e consente 

Como o presidente da CCJ, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), não quer rever decisão que autoriza mais 170 deputados a discursar sobre a denúncia contra Temer, a base do governo resolveu não falar na comissão. Quer encurtar as discussões e levar logo o tema ao plenário da Câmara.

Quem chamou? 

Na reunião da cúpula do PSDB no Palácio dos Bandeirantes, na segunda (11), um tucano questionou de maneira discreta a presença do prefeito de São Paulo, João Doria.

Cortante 

Os que participaram do encontro relataram que o clima foi tenso e desconfortável durante as quase quatro horas de conversa. Geraldo Alckmin falou por último e foi o menos incisivo.

Paz 

Em reunião com a bancada do partido na Câmara, o líder do PSDB, Ricardo Trípoli (SP), fez um apelo por unidade. Criticado por atuar como porta-voz da ala que defende o desembarque do governo, iniciou a fala reconhecendo divisão interna.


TIROTEIO

Devido à completa ausência de provas no processo, não há outra decisão possível para Sergio Moro que não a absolvição de Lula.

DO SENADOR LINDBERGH FARIAS (PT-RJ), a respeito da expectativa em torno da sentença que o juiz deverá proferir em breve sobre Lula e o tríplex.

CONTRAPONTO

Crônica de um naufrágio anunciado

Após a tumultuada sessão da CCJ em que Sergio Zveiter (PMDB-RJ) leu seu parecer pela admissibilidade da denúncia contra o presidente Michel Temer, os deputados Carlos Marun (PMDB-MS), líder da tropa governista na Câmara, e Wadih Damous (PT-RJ) foram escalados para debater o tema ao vivo na TV Câmara.

Quando a repórter avisou que entrariam no ar, um celular disparou, a todo volume, ao som de “My Heart Will Go On”, de Céline Dion, arrancando gargalhadas.

Marun apenas balançou a cabeça, resignado. É que a canção, lançada há 20 anos, tornou-se um sucesso mundial como tema principal do filme “Titanic”.

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